Engenheiro Agrônomo pelo Instituto Federal do Pará – IFPA; Pós-graduando
em Geoprocessamento pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ. gabrielgarretosan1@gmail.com
Engenheira Agrônoma pelo Instituto
Federal do Pará – IFPA; Mestranda em Sensoriamento Remoto pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. dudanarusawa@gmail.com
Engenheiro Agrônomo pelo Instituto Federal do Pará – IFPA; Mestrando em
Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF. paulonerisfer1@gmail.com
Engenheiro Agrônomo pelo Instituto Federal do Pará – IFPA; Mestrando em
Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF. paulonerisfer1@gmail.com
Brendo
dos Anjos Silva
Engenheiro Agrônomo pela
Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA.
brendobigorrila@gmail.com
Gabriela Garreto dos Santos
Licenciatura em Ciências da
Computação pela Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA.
gabryelagarreto@gmail.com
Maciel Garreto dos Santos
Licenciatura em Ciências
Biológicas; Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Maranhão
– UFMA.
macielgarreto@hotmail.com
RESUMO
O
monitoramento de características naturais e antrópicas que ocorrem na natureza
é uma ferramenta importante para mitigar seus efeitos no meio ambiente. Nesse
contexto, este artigo tem como objetivo fornecer uma análise geográfica sobre a
dinâmica dos focos de queimadas na Terra Indígena Kayapó, localizada no sul do
estado do Pará. Realizou-se o mapeamento das áreas afetadas por queimadas na TI
para a interpretação visual das imagens normalizadas, geradas a partir dos
dados de queimadas obtidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE) e das técnicas de geoprocessamento empregadas. Os mapas de distribuição
anual dos focos de queimadas permitiram a identificação das áreas mais
afetadas, com classes que variam de não relevantes a situação crítica da
incidência das queimadas. A TI Kayapó registrou 8.740 focos no período de 2018
a 2020, distribuídos de forma regular nesses três anos, especificamente na
região central da reserva indígena, onde faz fronteira entre os municípios de
São Félix do Xingu e Cumaru do Norte. As regiões leste e sul também foram as
mais atingidas por queimadas, com maiores quantitativos nos anos de 2019 e
2020, com taxas de ocorrência de 2.158 (24,69%) e 6.545 (74,88%),
respectivamente. Essa expansão acentuada de focos de queimadas nos dois últimos
anos está atrelada, sobretudo, à baixa fiscalização da polícia ambiental na TI,
devido à falta de recursos orçamentários repassados pelo governo federal, o que
dificultou a atuação dos órgãos ambientais em cumprir suas atividades de
fiscalização e monitoramento dos territórios indígenas. Isso revela um cenário
preocupante em relação à proteção e manutenção do meio ambiente e à segurança
das comunidades indígenas.
Palavras-chave: Geoprocessamento. Monitoramento ambiental. População indígena. Sensoriamento remoto.