Patricia
Rabelo
Doutoranda em
Educação a Distância e e-Learning, Universidade do Minho. Mestra em Emergent
Technologies in Education, Miami University of Science and Technology. Atua
como roteirista de audiovisual. patiup@gmail.com
Rosemary
Trabold Nicácio
Doutora em
Educação, Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” –
UNESP/Marília. Atua como orientadora do Mestrado em Tecnologias Emergentes em
Educação da Must University. rosenicacio@gmail.com
RESUMO
Em 1762, Rousseau já afirmava que, para manter a curiosidade dos
alunos, o professor deveria apresentar-lhes questões desafiadoras, ao
invés de responder às suas
perguntas, o tempo passou, e ainda hoje, discute-se sobre metodologias que
desafiem e coloquem os alunos em plena ação. Esta pesquisa, cujo objeto foi o
processo histórico e a origem da sala de aula invertida, partiu do seguinte
problema de investigação: quais suas origens históricas? O objetivo geral foi
identificar as origens da sala de aula invertida, e os objetivos específicos foram identificar as condições do surgimento da
aprendizagem ativa e das metodologias
ativas e mapear as primeiras experiências de sala de aula invertida. Constatou-se que a escola e a metodologia de ensino que predominam até
hoje surgiram no século XVI, na transição entre o período medieval
e a modernidade, com a emergência da sociedade burguesa. Verificou-se que foi no século XX que a psicologia fez contribuições
importantes para desenhar as metodologias ativas, por meio das teorias de
pesquisadores como Dewey (2023), Vigotski (1991) e Talbert (2019), entre
outros. Concluiu-se ainda que
as experiências seminais de sala de aula invertida inspiram-se nas propostas de
Eric Mazur, em 1990, na Universidade de Harvard; de J. Wesley Baker, em 1995,
na Cedarville University; e de Maureen Lage, Glenn Platt e Michael Treglia, em 1996, na Miami University. Mas, foi apenas em 2006, na Woodland Park
High School, que os professores Jonathan Bergmann e Aaron Sams denominaram
‘sala de aula invertida’ (flipped classroom) a sua experiência de
inversão da aprendizagem.
Palavras-chave: Metodologias ativas. Aprendizagem ativa. Sala de aula invertida. Tecnologias digitais. História.