DOI: 10.5281/zenodo.10116690

 

Mariana Fernandes Vasconcellos

  Professora de Língua Portuguesa da Educação Básica do município de Uruguaiana/RS. Graduada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Especialização em Gestão Escolar pela Universidade Castelo Branco. Mestra em Ensino profissional de Línguas pela Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Atualmente aluna regular da Pós- Graduação em Letras – Curso de Doutorado pela Universidade Passo Fundo/RS (UPF).  E-mail:marianafernandesvasconcellos@gmail.com

 

Rovana Chaves

   Professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira da Educação Básica no município de Palmeira das Missões/RS. Graduada em Letras pela Universidade de Ijuí (UNIJUÍ). Bacharela em Direito pela Universidade em Direito pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Especialista em Letras pela Universidade do Noroeste do Estado (URI). Mestra em Letras pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Atualmente, é aluna regular da Pós-Graduação em Letras - Curso de Doutorado pela Universidade de Passo Fundo/RS (UPF) e da Especialização em Gestão Cultural pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC/SP). E-mail: 104170@upf

 

RESUMO

O presente trabalho consiste em um relato de experiência de rodas de leitura realizadas em públicos, contextos, modalidades e cidades diferentes do Rio Grande do Sul, sendo elas Uruguaiana - localizada na região fronteira oeste - e Palmeira das Missões - situada na região norte do estado. O objetivo geral deste estudo consiste em verificar em que medida a leitura literária pode ser uma ferramenta que (trans)forma a subjetividade das pessoas. Para tanto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica em relação à leitura, buscando-se subsídios em Abreu (2001), Chartier (1999), Lojolo e Zilberman (2009), Martins (1994) e Soares (2004). Para refletir sobre experiência leitora e elaboração da subjetividade, recorreu-se à Larrosa (2002) e Yunnes (2009). Ademais, trata-se de uma pesquisa-ação que envolveu dois grupos formados por diferentes faixas etárias, sendo o primeiro composto por duas jovens e duas adultas e o segundo por quatro adultos. Os dados coletados foram analisados à luz das teorias dos autores já citados. Os resultados apontam que em ambas as rodas foi constatado o quão importante a leitura literária pode ser na vida das pessoas. A partir da leitura da crônica “(Re)encontro” os dois grupos socializaram experiências como a aquisição de novos hábitos para a vida, caminhadas ao ar livre e valorização das pequenas coisas. Além disso, notou-se a relação feita entre o texto literário e autores que fazem parte da área filosófica. Para somar a tais experiências, observou-se que o texto literário conseguiu atingir de maneiras distintas a subjetividade de ambos os grupos, através do olhar para si e para o próximo no que tange às emoções, aos pensamentos e às vivências de antes, durante e quase pós-pandemia.

Palavras-chave: Roda de leitura. Leitura literária. Experiência leitora. Subjetividade.