Patrícia Costa Mincoff Barbanti
Professora
do curso de medicina da UniCesumar, Maringá, PR/Brasil –
patmincoff@yahoo.com.br
Sérgio Ricardo Lopes de Oliveira
Professor
do curso de medicina da UniCesumar, Maringá, PR/Brasil –
sergio.oliveira@unicesumar.edu.br
Sandra Marisa Pelloso
Professora
do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Estadual de
Maringá, PR/Brasil – smpelloso@uem.br
Maria Dalva de Barros Carvalho
Professora
do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Estadual de
Maringá, PR/Brasil – mdbcarvalho@gmail.com
RESUMO
A prevalência
de assédio e discriminação contra estudantes de medicina em todo o mundo é
alta. Entretanto, a proporção de alunos que sofre violência é
significativamente maior do que a proporção de alunos que relatam formalmente o
incidente. Esta pesquisa objetivou estimar a prevalência de denúncia da
violência sofrida e o grau de satisfação com o desfecho pelos estudantes de
medicina. Estudo transversal realizado com 831 estudantes de medicina de
instituições pública e privada. As frequências absolutas e relativas das
variáveis analisadas e possíveis associações foram determinadas por meio de
regressão logística uni e multivariada. O teste qui-quadrado de associação com
ajuste de segunda ordem de Rao-Scott também foi utilizado. A taxa de
participação foi de 56%. A prevalência de episódios de violência foi maior na
instituição pública (59% versus 43%), mas as taxas de notificação foram
extremamente baixas em ambas instituições, cerca de 10% na privada e 4% na
pública. Aproximadamente 72% dos estudantes justificaram que achavam que nada
seria feito a respeito e 47% não denunciaram por medo de represálias. Entre os
que denunciaram, apenas 10% na instituição privada se sentiram satisfeitos com
o desfecho e condutas da coordenação/direção do curso e, na pública, nenhum
aluno se sentiu satisfeito com o desfecho.
Palavras-chave: Violência. Notificação. Estudantes de medicina.