Bianca
Ferreira de Araujo
Acadêmica
do sexto período do curso de Licenciatura Plena em Letras Inglês da
Universidade Estadual do Piauí (UESPI) campus Profº. Alexandre Alves de
Oliveira. Email Institucional: biancaaraujo@aluno.uespi.br
Resumo: As
representações da mulher, tanto na literatura quanto no cinema, variam, indo
desde a mocinha indefesa que sempre precisa ser salva à jovem guerreira forte e
decidida que luta bravamente com as próprias mãos. Essas mesmas representações
eventualmente acabam se transformando em objetos de pesquisa que, apesar de
muitas vezes seguirem em direções opostas, possuem objetivos semelhantes: expor
suas características e responder alguma inquietação despertada pelo contato
entre pesquisador e objeto literário. Nesse sentido, este artigo visa responder
a seguinte pergunta: De que forma a representação feminina da protagonista Fa
Mulan rompe com o estereótipo de mocinha indefesa na animação Mulan
(1998) do Estúdio Walt Disney? Para responder essa indagação, foram delineados
dois objetivos específicos: Discutir os pressupostos teóricos dos Estudos
Feministas, especificadamente o conceito de representação da mulher, e
descrever o estereótipo de mocinha indefesa perpetuado nas animações hollywoodianas,
principalmente aquelas dos Estúdios Disney. Com uma abordagem qualitativa, a
pesquisa de cunho bibliográfico está fundamentada em pesquisadores como
Beauvoir (2009), Tyson (2006), Zolin (2009) e dentre outros. Os resultados
obtidos revelam que a figura feminina representada por Mulan rompe com os
padrões e modelos de comportamento impostos pela sociedade patriarcal às
mulheres e que, mesmo carregando o título canônico de princesa, sua
caracterização difere, e muito, das demais princesas criadas e estereotipadas
pela Walt Disney como Cinderela, Branca de Neve e Rapunzel.
Palavras-chave: Estudos feministas. Mulan. Estereótipo. Animação.