Maria
de Fátima dos Santos Barros
Mestranda pelo Programa de Pós-graduação
em Letras da Universidade Estadual do Piauí-UESPI. E-mail:
fatimabarros5617@gmail.com
Larissa Nascimento de Oliveira
Mestranda pelo Programa de Pós-graduação
em Letras da Universidade Estadual do Piauí-UESPI.
E-mail:larissanascimentooliveira@aluno.uespi.br
Kalinka Maria Leal Madeira
Mestranda pelo Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade
Estadual do Piauí-UESPI. E-mail: kalinkamadeira@aluno.uespi.br
João Gabriel Dias Sousa
Mestrando pelo Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade
Estadual do Piauí-UESPI. E-mail: joaogabrieltv@gmail.com
Maria Verônica Monteiro Lima
Mestranda pelo Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade
Estadual do Piauí-UESPI. E-mail: veralima5617@gmail.com
RESUMO: O presente estudo
focaliza na análise das manifestações fonológicas que se materializam no
português falado em pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), mais
precisamente em pessoas pertencentes à APAE de Piripiri-PI. Este trabalho apresenta-se como resultado de
um projeto de pesquisa nas áreas da Sociolinguística Variacionista, bem como no
campo da Fonética e Fonologia. No estudo foram analisadas as relações
pertinentes à variação linguística, em contrapartida os desvios fonológicos,
e/ou Metaplasmos por Transformação, dentre os quais destacam-se: Velarização e
Yeísmo. Para a coleta de dados, foram entrevistados
06 indivíduos com TEA (Transtorno do Espectro Autista) da APAE de Piripiri. O corpus
foi colhido por meio de gravações em áudio de conversas do cotidiano,
organizadas através de um questionário com perguntas relacionadas ao contexto
social destes, no intuito de preservar a naturalidade da cena interativa. Assim
também, utilizou-se jogos, adivinhas, atividades interativas e lúdicas, a fim
de prender a atenção da comunidade em análise por um período maior. Para
tanto, utilizou-se o alicerce teórico fornecido por Marcos Bagno (2007; 2012);
Fernando Moreno da Silva (2011) Fernando Tarallo (1990); Mussalim (2008);
Catarina Costa (2014); Márluce Coan e Raquel Freitag (2010); Solange Issler
(2006) Ana Silva (2012); Temple Grandin e Richard Panek (2015). Desse modo,
este trabalho justifica-se pela importância de se trabalhar os fenômenos
fonológicos que estão presentes em pessoas com TEA, como também pela análise da discrepância que visa realizar entre o fenômeno linguístico e o social, assim
combatendo o preconceito linguístico ainda vigente. O referido estudo se deu por meio de uma orientação quantitativa e explicativa dos
fenômenos encontrados, a fim de contribuir com o conhecimento linguístico das
variantes locais à comunidade acadêmica, assim como a sociedade em geral. Além
de questionar os valores patológicos que muitas vezes são atribuídos as
variantes linguísticas históricas e contextuais, as quais o indivíduo está
inserido.
Palavras-chave: Variação. Idioleto. Autistas. Metaplasmos. Sociolinguística.