DOI: 10.5281/zenodo.7293135

 

Ludimilla Santana Teixeira[1]

Bacharela em Comunicação Social (UCSAL). Criadora do Mulheres Unidas Contra Bolsonaro, grupo que criou o movimento #EleNão.

Contato: ludimilla3105@gmail.com

 

Liliane Alcântara de Abreu[2]

Pós-graduanda em Terapia Cognitivo-Comportamental (PUC-PR); bacharelanda em Psicologia (UNIP). Pesquisadora e autora.

Contato: liaabreu01@yahoo.com.br

 



[1] Bacharela em Comunicação Social (UCSAL), Publicitária, Servidora Pública Federal do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), Educadora do Programa de Educação Previdenciária (PEP), ativista de Direitos Humanos e da Anistia Internacional (Salvador, Brasil). Criadora e administradora geral do Mulheres Unidas Contra Bolsonaro, grupo que criou o movimento #EleNão.

[2] Pós-graduanda em Terapia Cognitivo-Comportamental (PUC-PR); bacharelanda em Psicologia (UNIP). Pesquisadora especialista em comportamento e consumo com enfoque em Antropologia (SENAI CETIQT); professora especialista em neurociência pedagógica (AVM/UCAM); designer (SENAI CETIQT) especialista em Artes Visuais (UNESA) e arteterapeuta (AVM/UCAM). Ex-professora de nível técnico à pós-graduação da Faculdade SENAI CETIQT - Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (2011-2014).


RESUMO

Este artigo teve o objetivo de abordar a experiência vivida pelo grupo virtual Mulheres Unidas contra Bolsonaro, que gerou o movimento #EleNão e produziu o maior marco historiográfico de resistência feminina e feminista à frente de manifestos de âmbito sociopolítico nacional brasileiro e com reflexos internacionais. Ademais, as ofensas e desqualificações ao feminino como forma de ataque misógino, e como ferramenta de desapropriação de legitimidade de ação social, necessitavam ser investigadas inclusive pelo viés da Psicologia e Neurociência. Logo, as autoras tiveram como questão norteadora: por que e como mulheres com diferenças socioculturais e historicidades divergentes uniram-se colaborativamente alertando para o mesmo perigo e gerando o movimento #EleNão? Assim, o objetivo geral se fundamentou em compreender as diferentes demandas que unificaram o processo grupal feminino de ativismo democrático. A hipótese firmou-se no pressuposto de que quanto maior o alcance de desenvolvimento e fortalecimento psíquico de um indivíduo sobre de si e o mundo, maior será sua potencialização cortical, sensorial e perceptiva a respeito de determinados sujeitos e acontecimentos que geram dano à vida. Como metodologia, a pesquisa se amparou nas análises de revisão teórica sobre o surgimento e o comportamento das mulheres do movimento #EleNão a partir dos acontecimentos sociopolíticos no Brasil em 2018. Para tanto, utilizou-se o apoio de autores diversos para se refletir e analisar as conduções, influências e princípios dos fundamentos históricos, epistemológicos e científicos que precipitaram o comportamento de união e percepção dessas mulheres específicas. Como resultado e conclusões, pôde-se entender que as mulheres do movimento #EleNão foram capazes de perceber a catástrofe sociopolítica nacional e em genocídio, antecipadamente, apontando para os pressupostos da neurociência sobre indivíduos com um diferencial desenvolvimento do sistema neuro-cortical. A movimentação feminina e feminista gerada do #EleNão mostrou o poder de união de grupos psicológicos minoritários, gerando força e voz em unificação aos outros indivíduos e círculos diferenciados. Ademais, se usada com sapiência, a internet pode ser uma rápida e eficaz ferramenta de lutas, grandes aprendizados e trocas positivas, seja no universo virtual ou naquele materializado nas ruas e mundo real.

Palavras-chave: Direitos Humanos. EleNão. Psicologia. Redes Sociais. Sociedade.