Carolina de Almeida Ribeiro
Formada em Medicina Veterinária pela Universidade Tuiuti do
Paraná, carol.ccd99@gmail.com;
Diogo
da Motta Ferreira
Mestre em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná, diogo734@gmail.com
RESUMO
A efusão pericárdica é o acúmulo excessivo e
anormal na cavidade pericárdica, que evolui para tamponamento cardíaco, pode
atingir tanto cães quanto gatos, normalmente é oriunda de neoplasias ou doenças
cardíacas, como insuficiência cardíaca congestiva direita. Existem outras
causas, como de origem infecciosa, metabólica, tóxica, traumática, idiopática e
pode acontecer também por ruptura cardíaca, mas são situações raras. Os sinais
clínicos, em casos crônicos, são inespecíficos como fraqueza, intolerância ao
exercício, letargia, dispneia e distensão abdominal e em casos agudos, sinais
como colapso, falta de ar e choque cardiogênico podem estar presentes. O melhor
exame diagnóstico para esse tipo de quadro é o ecocardiograma, sendo possível
também a realização do eletrocardiograma, porém com alterações mais discretas.
Apesar da visualização do tamponamento em exames de imagens, deve ser feita uma
pesquisa ampla a fim de achar a causa primária da efusão pericárdica. As opções
terapêuticas variam de acordo com o quadro do paciente e consistem em protocolo
de corticoterapia e pericardiocentese em casos conservativos, e
pericardiectomia quando houver recidivas ou presença de massa na região. Em
casos originados a partir de doenças cardíacas, pode ser necessário também o
uso de vasodilatadores e diuréticos. Nos casos de efusão pericárdica
secundária, o controle da causa primária resulta em êxito.
Palavras-Chave: Emergência; Pericárdio; Tamponamento cardíaco.