Ramiro Esdras Carneiro
Batista
Doutorando em Antropologia (UFPA). Professor da Universidade
Federal do Amapá (UNIFAP). Colaborador no Diretório de pesquisa Cartografias do
Médio São Francisco (IFNMG/CNPq) E-mail: ramiro.esdras.carneiro@gmail.com Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0809460177410652
Saulo Esdras de Matos
Carneiro
Técnico em Meio Ambiente pelo Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais/IFNMG. Membro do Diretório de
pesquisa Cartografias do Médio São Francisco (IFNMG/CNPq) E-mail: sauloesdrasc@gmail.com Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7005578248354611
Cássio Alexandre da Silva
Doutor em Geografia (UFU). Professor da Universidade Estadual
de Montes Claros (UNIMONTES).
Coordenador e Docente do Programa de Pós-Graduação em Geografia –
PPGEO/UNIMONTES E-mail: cassio.silva@unimontes.br Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1591842778780166
Resumo
O artigo propõe problematizar memórias e
documentos referentes aos (des)caminhos percorridos por uma obra considerada
seminal do escritor januarense Manoel Ambrósio Alves de Oliveira (1865-1947),
que supostamente tendo ido ao prelo, jamais chegou a ser distribuída. Os
indícios de plágio discutidos no artigo situam-se no entorno da obra intitulada
Esboço
Histórico de Januária – Narrativa de Colonização do São Francisco, cujos originais encontram-se parcialmente preservados no
acervo da família do autor. Nesse trabalho
específico, Manoel Ambrósio intentou alinhavar uma narrativa histórica que
resumisse cinco séculos de colonização do Vale do São Francisco/Paranapetinga até o tempo presente, no
caso em tela, a década de 1920, tendo a redação original sido coligida como
material didático dedicado “a mocidade sanfranciscana”. O trabalho prévio de
etnografia dos papéis constantes do acervo pessoal do autor contraposto ás
memórias de seus amigos e familiares apontam para um duplo movimento de
silenciamento, qual seja: o primeiro, constatado a partir da coleta e não
publicação da obra por parte do poder público do estado de Minas Gerais, por
ocasião das comemorações alusivas ao centenário de fundação da Vila de
Januária/MG; e o segundo, com suposto plágio denunciado pelo próprio autor em
relação a participantes do Sexto
Congresso Brazileiro de Geographia, que teriam se apropriado do trabalho
por ocasião deste evento realizado na capital mineira, em setembro de 1916.
Palavras-chave: Manoel Ambrósio; História de Januária; Memória e Autoria.