Vitória
Maria Ferreira da Silva
Graduação em medicina no Centro Universitário
Cesmac, rosivaniaenei@gmail.com
Allana
Bandeira Carrilho
Graduação em medicina no Centro Universitário
Cesmac, allanabandeira@hotmail.com
Maria
Lucia Lima Soares
Docente do curso de medicina, radiologista geral e
especialista em neurorradiologia, glmourao@icloud.com
Resumo: Introdução: Considerando que
o lar nem sempre é seguro, com as orientações da Organização Mundial de Saúde,
recomendando permanecer em casa nessa atual pandemia do SARS-Cov-2, as taxas de
violência doméstica estão aumentando rapidamente no Brasil em cerca de 45%. E o
médico tem um papel importantíssimo nesta situação complexa, desde o primeiro
acolhimento da vítima até o diagnóstico, esse profissional deve ser
beneficente, a fim de evitar omissão de fatos ou invisibilidade de conduta.
Assim, destaca-se o radiologista, que deve estar atento aos indícios sugestivos
de violência por meios de exames de imagem, possibilitando identificar as
vítimas. Objetivo: Analisar como a
radiologia pode auxiliar as mulheres vítimas de violência doméstica. Metodologia: Trata-se de uma revisão de
literatura realizada através de buscas nas bases de dados Scielo e Medline via
Pubmed, utilizando as palavras-chave: achados radiológicos, violência e abuso,
associados ao operador booleano AND. Foram incluídos os estudos com conteúdo
gratuito, e descartados os periódicos que o título, resumo e textos não estavam
relacionados com o objetivo da pesquisa. Resultados:
Os exames de imagem podem sugerir o diagnóstico precoce de caso de violência
doméstica, através do reconhecimento de alterações anatômicas, comparando a
área suspeita de lesão com a área anatomicamente íntegra. Pesquisas em imagens
identificaram sinais clínicos específicos e características de traumas
relacionados à violência. Segundo o estudo do caso-controle, os achados incluem
lesões de tecidos moles, musculoesqueléticas e obstétrico-ginecológicas, sendo
mais comuns, as fraturas agudas ou crônicas. Foi observado também nesse estudo
que a maioria das vitimas eram mulheres, com idade média de 34 anos,
assalariadas e sem escolaridade completa. Mulheres com baixa escolaridade é a
maioria de vitimas de violência doméstica, visto que normalmente são donas de
casa, dependentes financeiramente do seu parceiro. Conclusão: Os radiologistas possuem um papel importante na
identificação da violência, visto que podem ajudar a determinar, com precisão,
as lesões resultantes de um ato abusivo. Assim, a qualidade e interpretação das
radiografias são essenciais em casos de suspeita de abuso, que ao serem
correlacionadas com o exame físico e a história relatada, facilitam para um diagnóstico
correto e precoce.
Palavras-chave:
Radiologia. Violência doméstica. Covid-19.