DOI: 10.5281/zenodo.6419913

 

Gabriel Pacheco Ramos

Enfermeiro, Residente em Intensivismo/Urgência e Emergência pelo Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim – ES, HECI, gabriel.pr19@hotmail.com.

 

Gustavo Zigoni de Oliveira

Mestre em Administração, Enfermeiro, Gerente de Enfermagem do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim – ES, HECI, Professor no curso de graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário São Camilo de Cachoeiro de Itapemirim, gustavo.zigoni@gmail.com.

 


Resumo: Doenças cardíacas são as principais causas de morte no mundo, entre elas destaca-se o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), resultando da oclusão das artérias coronárias que prejudica o fluxo sanguíneo para o coração causando morte do tecido cardíaco. A incidência de doenças isquêmicas do coração é influenciada por fatores modificáveis e não modificáveis, sendo essencial conhecer e controlar estes riscos para reduzir sua manifestação. Com isso, o objetivo do proposto estudo foi traçar o perfil epidemiológico dos pacientes internados com diagnóstico de IAM ponderando os fatores de risco, características clínicas e tratamento realizado. Trata-se de uma pesquisa retrospectiva, descritiva com abordagem quantitativa, utilizando prontuários de pacientes diagnosticados com IAM (Classificação Internacional de Doenças (CID) I21), no período de janeiro a dezembro de 2020. Foram incluídos 209 prontuários, sendo 71,77% do sexo masculino, média de idade de 64,02±12,44 anos e tempo médio de internação de 8,3 dias. A hipertensão arterial sistêmica e o tabagismo foram os fatores de risco de maior prevalência, representando respectivamente 73,21% e 49,28% dos casos. O diagnóstico de Infarto Agudo do Miocárdio com supradesnivelamento do ST ocorreu em 64,59% da amostra e o Infarto Agudo do Miocárdio sem supradesnivelamento de ST em 34,41%. O tratamento mais empregado foi a angioplastia percutânea em 55,44% dos indivíduos. Conclui-se que o perfil da população estudada foi de homens, com faixa etária de 60 a 69 anos, de cor branca, casados, aposentados, com escolaridade até o ensino fundamental com predominância de hipertensão arterial sistêmica, tabagismo e etilismo nos homens e nas mulheres predominância de obesidade e dislipidemia. Compreender o perfil desses pacientes auxilia a equipe multiprofissional em tomadas de decisões para intervenções precoces, conduta clínica e assistência integral à saúde.

Palavras-chave: Epidemiologia. Infarto Agudo do Miocárdio. Internação Hospitalar.