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Adriana Augusta de Oliveira
Professora e supervisora escolar na educação básica, graduada em Letras, pós-graduada
em Língua portuguesa; Supervisão e inspeção; Psicopedagogia clínica e
institucional e pós-graduanda em Docência com ênfase na educação básica.
Helena Andrade Campos
Professora e supervisora escolar na educação básica, graduada em Letras e
Pedagogia, pós-graduada em Texto e produção de sentido; Supervisão escolar;
Inspeção escolar; Educação empreendedora e pós-graduanda em Docência com ênfase
na educação básica.
Niltom Vieira Júnior
Professor do curso de pós-graduação em Docência do IFMG-Arcos, graduado
em Engenharia e em Matemática, Doutorado em Engenharia e pós doutorado em
Informática.
Resumo: Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa de campo,
realizada com os professores de instituições pública e privada do ensino de
Educação Infantil, Fundamental 1 e 2, sobre as formas de avaliação e as
contribuições no desenvolvimento do aluno e em todo seu processo de
ensino-aprendizagem. Como metodologia, foi desenvolvido um questionário pelo
Google forms, composto por 13 questões relacionadas ao tema. Como referencial
teórico foram abordados os trabalhos de Luckesi (1999 e 2011), Pironel (2002) e
Hoffmann (2009), que discutem, entre outros aspectos diferentes formas de
avaliação da aprendizagem e seus resultados para o desenvolvimento do educando,
mostrando que o processo avaliativo está presente na vida do ser humano desde o
seu nascimento e que é por ele que o indivíduo cresce e se desenvolve ao longo
de sua vida, pois o erro deve levar a reflexão e a mudança de comportamento e
busca de novas estratégias para se alcançar o que se deseja e não de punição ou
motivo de fracasso, principalmente no âmbito escolar, pois ele deve, sim formar
o cidadão integralmente. Em linhas gerais, a pesquisa constatou que os
professores têm mudado o conceito de avaliação em sua prática pedagógica,
fazendo dela uma aliada no processo de ensino-aprendizagem.
Palavras-chave: Avaliação, ensino-aprendizagem, professores,
educandos.
Abstract: This article presents the results of a
field research, carried out with teachers from public and private institutions
of Early Childhood Education, Elementary 1 and 2, on the forms of evaluation
and the contributions in the student's development and in all its process
teaching-learning. As a methodology, a questionnaire was developed by Google
forms, composed of 13 questions related to the theme. As a theoretical
framework, the works of Luckesi (1999 and 2011), Pironel (2002) and Hoffmann
(2009) were discussed, which discuss, among other aspects, different ways of
assessing learning and its results for the development of the student, showing
that the process evaluative is present in the life of the human being since his
birth and that is why he grows and develops throughout his life, because the
error must lead to reflection and behavior change and the search for new
strategies to reach what is desired and not punishment or reason for failure,
especially in the school environment, as it should, rather, form the citizen
fully. In general, the research found that teachers have changed the concept of
evaluation in their pedagogical practice, making it an ally in the
teaching-learning process.
Keywords: Evaluation, teaching-learning,
teachers, students.
INTRODUÇÃO
Desde o início dos tempos, a avaliação faz parte do processo
de desenvolvimento do ser humano, pois ele faz uma análise de tudo o que o
envolve, sejam as pessoas, o ambiente ou as situações mais simples do dia a dia,
de acordo com a necessidade de cada um. Pode-se citar desde o nascimento, o
choro da criança como sendo um processo avaliativo, pois ela percebe que
chorando, consegue mostrar algo que a incomoda, fazendo assim sua avaliação da
situação.
No sistema educacional, é comum associar a avaliação às
notas, sejam por conceitos ou valores, atribuindo a elas o desenvolvimento da
aprendizagem do aluno que, muitas vezes, não é indicativo de real aprendizagem,
pois as formas de avaliação seguem apenas um padrão para todos os alunos. Com
isso, em algumas situações os alunos ficam prejudicados, uma vez que podem não
ter conseguido resolver aquele tipo específico de questão avaliativa, mas podem
ter aprendido o conteúdo e chegado à solução do problema de outra forma.
Procura-se neste projeto, analisar os pressupostos de Chueiri
(2008) e Luckesi (2000, 2003), sobre o termo avaliação e qual sua concepção
para que, seja feita uma comparação das práticas abordadas entre a forma
tradicional - metodologia de provas e
notas - e por outro lado, a forma reflexiva, ou progressiva, em que a avaliação
torna-se mais do que um simples instrumento de classificação e aferição, mas
sim, um processo relevante para o desenvolvimento
do educando e subsídio para análise do
trabalho do professor.
Com base na evolução das concepções de avaliação e seu papel
dentro do processo ensino- aprendizagem, faz-se necessário que o processo avaliativo
seja revisado e reestruturado, tornando-se uma ferramenta não de aferição, mas
sim de motivação para o aprendizado efetivo do aluno, no qual ele vai
compreender o que estuda e para que estuda, criando seus próprios conceitos,
com a intervenção do professor em todo o processo.
Dessa forma, Pironel (2002, p.46) propõe que a avaliação
esteja presente em todo o processo de ensino-aprendizagem, por entender que a
avaliação é intrínseca aos atos de ensinar e aprender, uma vez que deve
favorecer a compreensão do desenvolvimento do aluno e permitir que o professor
trace estratégias para o planejamento de suas aulas.
Há décadas, de acordo com Paulo Freire (1987), o professor
era considerado o único detentor do saber e sua função principal era a de
repassar conhecimento ao aluno de forma mecânica, sem levar o aluno a pensar
por si próprio, refletir sobre os conceitos e muito menos expressar sua
opinião. A aprendizagem era baseada na memorização, sendo assim o aluno que não
conseguia decorar os conteúdos era tido como incapaz. Nessa perspectiva, a
avaliação era baseada na capacidade de o aluno repetir os conceitos repassados,
sua aprendizagem era medida em questões de erros e acertos, questionários com
respostas prontas que depois de corrigidas, recebiam uma nota que iria para sua
caderneta. Outra característica relevante é a periodicidade de aplicação da
avaliação tradicional, que sempre ocorre em final de períodos bimestrais,
semestrais ou anuais. Na avaliação tradicional, não há um olhar para o
conhecimento prévio do aluno, pois ele é visto como algo em branco que vai
apenas receber os conteúdos.
A avaliação mediadora, diferente da tradicional, traz uma
nova maneira de se realizar a avaliação. Busca aproximar professor e aluno por
meio de um diálogo que o leve a analisar sua prática pedagógica, na qual o erro
é o começo para uma nova abordagem e em consequência a construção da aprendizagem
pelo próprio educando a partir de seu conhecimento de mundo. Jussara Hoffman
(2009) diz que, nessa proposta, o professor se dispõe a ouvir os alunos,
apresentando-lhes questões que os farão refletir sobre seu desenvolvimento e o
auxiliarão na construção do conhecimento, levando-o a entender o que fazer com
o conhecimento adquirido.
Na avaliação mediadora, o aluno está no centro do processo de
ensino-aprendizagem e o professor não é mais o único detentor do saber, devendo
ser mediador do conhecimento, orientando e criando situações para que o
educando desenvolva suas habilidades e competências.
HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO
Luckesi (1995) aponta que “avaliação como sinônimo de provas
e exames” acontece desde os tempos da colonização. Esse modelo de avaliação que
priorizava a memorização veio para o Brasil juntamente com os jesuítas. Entre
os métodos de ensino e cobranças estavam os castigos físicos e as premiações
para aqueles que apresentassem boa disciplina e bom rendimento escolar e o
professor era o único detentor do saber e o transmissor dos conteúdos; os
alunos eram apenas os receptores desse conteúdo como se fossem caixas vazias,
cabendo a eles obedecerem a todas as regras impostas.
Nesse contexto, a educação passa a ser um ato de depositar,
na qual o professor é o depositante de conteúdos e os alunos meros depositários
do saber. Os conteúdos são transmitidos de forma linear privilegiando a
exposição oral, sem momentos de discussão e reflexão, os exercícios repetitivos
são básicos para garantir a memorização e não se leva em conta a experiência de
vida do educando. A avaliação nesses tempos cobrava apenas a devolução dos
conteúdos depositados, não cobrava raciocínio, nem se esperava que ocorresse
alguma transformação no indivíduo. Bastava o aluno ser capaz de reter os
conteúdos para ter uma boa nota, não precisava, por exemplo, saber colocar em
prática o que aprendera.
Luckesi (1995) afirma que assim sendo, a avaliação é
realizada por meio de provas escritas e orais, exercícios e trabalhos de casa.
A nota é o resultado da medida da avaliação, a punição para quem não consegue
memorizar é o fracasso, sem chance de mostrar que aprendeu de outra forma.
Estuda-se para obtenção da nota e não adquirir conhecimento de fato, não
ocorrendo mudança alguma no educando.
A avaliação somativa consiste em classificar os alunos ao
final de um período (bimestre, semestre ou ano letivo) de acordo com níveis
pré-estabelcidos. Esse tipo de avaliação está muito presente nas escolas
brasileiras tanto nas avaliações propostas pela própria escola, quanto pelas
avaliações externas que acontecem anualmente ao final de um período, ano ou
ciclo. Ela emite um resultado que situa o aluno, a escola e a rede dentro de um
padrão, sem levar em conta as diferenças individuais, as múltiplas
Inteligências e o conhecimento prévio do aluno cuja função é meramente medir a
aprendizagem.
A avaliação formativa vai contra os métodos tradicionais de
avaliação, uma vez que aqui o aluno participa do processo de avaliação, pois
ele é construtor do seu conhecimento. A avaliação formativa propõe várias
maneiras de avaliar, como trabalhos, seminários, trabalhos em grupo, simulados
e autoavaliação. O professor deve sempre dar um retorno aos alunos, discutir
com eles como será feita a avaliação, mantendo assim um diálogo claro. A
avaliação formativa eleva a autoestima dos educandos e os insere em seu
processo de ensino-aprendizagem, pois proporciona vários modelos de avaliação
que darão chances iguais a todos de mostrarem o que de fato aprenderam, além de
dar oportunidade ao professor de rever sua prática, repensar os seus métodos de
ensinar e se autoavaliar.
Perrenoud (1999) diz que, neste momento, deve-se repensar e
reestruturar a questão das formas de avaliar dentro da escola. Uma avaliação
contínua, formativa, que vislumbre o desenvolvimento integral do aluno, é uma
necessidade urgente.
A avaliação formativa oportuniza ao professor fazer um
diagnóstico real de cada aluno, identificando os motivos de algo não estar
dando certo, verificando o porquê de possíveis fracassos e dando a chance de
mudar a estratégia de trabalho, não ficando na mesmice de sempre, pois o que
deu frutos em uma turma ou com um determinado aluno, provavelmente não dará o
mesmo resultado sempre. Ela não quantifica, mas qualifica o
ensino-aprendizagem.
O momento da avaliação não poder ser para o aluno um momento
de apreensão, no qual ele vai se sentir oprimido ou castigado, mas deve ser um
momento de reflexão do que já se aprendeu, do que já se conseguiu colocar em
prática e daquilo que ainda não ficou bem internalizado, é um momento para
verificar se houve ou não mudança de comportamento que refletirá na sociedade.
Um aluno que participa de atividades relacionadas ao combate à dengue, por
exemplo, mas ao sair à rua, joga um copo de sorvete vazio no chão, não
internalizou o conhecimento, porque não ocorreu a mudança de comportamento. Só
há aprendizagem quando, com esta, acontece a transformação do indivíduo.
A avaliação é um importante ferramenta no processo ensino
aprendizagem, pois para Pironel:
A avaliação acontece
desde sempre, uma vez que avaliamos tudo ao nosso redor, avaliamos se podemos
ou não atravessar uma rua, avaliamos e o que vamos comprar no supermercado está
dentro do meu orçamento, avaliamos a data de validade dos produtos, se eu
comprar o produto perto da data de seu vencimento, será que vou conseguir
consumir e outros inúmeros exemplos poderíamos dar sobre avaliação no nosso dia
a dia. Então a avaliação ela deve ser significativa (PIRONEL, 2002, p.193.).
Dessa forma, os professores precisam definir como avaliar, o
que avaliar, para que avaliar, quais objetivos querem alcançar com a avaliação
e fazer do momento da avalição um espaço para a aprendizagem. Refletindo sobre o
papel da avaliação, precisa-se pensar que ela deve estar presente em todo o
processo de aprendizagem, deve favorecer a compreensão do aluno e permitir que
o professor trace novas estratégias para suas aulas, deve ser uma avaliação
voltada para a aprendizagem e não para o enfrentamento, como muitas vezes
acontece nas salas de aula.
Pironel enfatiza que após realizar a avaliação, o professor
deve fazer a meta avaliação, que consiste em avaliar a avaliação, fazendo
questionamentos sobre sua finalidade, se os objetivos foram alcançados, se o
tempo foi suficiente, se houve aprendizagem significativa por meio de todo o
processo avaliativo, levando em conta os diferentes estilos de aprendizagem.
METODOLOGIA
Para a realização da pesquisa, foi enviado um questionário
aos professores das redes pública e privada de diversos anos de ensino, por
meio do Google Formulário, devido a este momento pandêmico.
O questionário foi respondido por 71 professores, sendo 95,6% professores de escola pública e apenas 4,4% de
escola privada, distribuídos da seguinte forma: 30% da Educação Infantil, com
alunos de 0 a 05 anos; 42,9% do Fundamental 1, com alunos de 6 a 10 anos e 27,1%
do Fundamental 2, com alunos de 11 a 14 anos.
Foram realizadas algumas perguntas, abordando o tema da
Avaliação no processo ensino-aprendizagem: 97,1% responderam que a importância
da avaliação é o obter o diagnóstico da prática pedagógica.
Outra pergunta foi quando é realizada a avaliação formativa,
com 73,2% de acerto, ou seja, continuamente durante todo o processo de
ensino-aprendizagem. Ainda se perguntou quando é realizada a avaliação
somativa, com 49,3% de acerto, sendo no término de um período de tempo
determinado do processo de ensino-aprendizagem. E quando é realizada a
avaliação diagnóstica, contou com o mínimo de acerto, sendo apenas 16,2% dos
participantes – início, durante e término do processo de ensino-aprendizagem.
Ao serem questionados sobre a prioridade no momento de
avaliar, obteve-se o seguinte resultado: 84,5% priorizam a aprendizagem, 14,1%
o educando, 1,4% o conteúdo. E sobre como o resultado das avaliações interfere
na sua prática pedagógica, 90,1% responderam que é para a verificação da
aprendizagem e parâmetro para reavaliar a prática pedagógica; 8,5% como
diagnóstico da turma e 1,4% não se atém aos resultados.
Quando questionados sobre que tipos de questões priorizam em
suas avaliações, obteve-se: 39,4% questões objetivas; 25,5% questões
associativas; 18,3% questões subjetivas; 7% questões visuais e 9,9% priorizam
todas as anteriores. E sobre se elaboram apenas um tipo de avaliação para
turma, 59,2% disseram que não; 22,5% à vezes; 16,9% sim e 1,4% as avaliações
ocorrem durante as atividades.
Devido a utilização constante das mídias digitais em tempo de
pandemia, questionou-se também sobre quais mídias são utilizadas para a
elaboração das avaliações: 84,3% utilizam o World; 68,6% Internet; 31,4% Paint;
18,6% o Excel e 1,4% conteúdos de diferentes portadores; 1,4% Power Point e
Google forms.
Em relação a elaboração das avaliações, o que é necessário
levar em consideração, 88,7% responderam que a adequação temática em relação as
habilidades descritas na BNCC é o item mais importante. E sobre qual o tipo de
avaliação mais utilizada, com 87,3% a avaliação mediadora e 12,7% a
tradicional.
Ao serem indagados sobre o que é relevante para propiciar ao
aluno uma avaliação que seja realmente eficaz, 94,3% responderam que são os
conceitos procedimentos, habilidades, atitudes e valores.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Seguem abaixo os gráficos com os resultados das questões:
Gráfico 01 - Questão: Qual o tipo de instituição em que você
trabalha?
Fonte: Adriana Augusta e Helena Campos (2020)
Gráfico 02 - Questão: Qual a modalidade de ensino em que
leciona?
Fonte: Adriana Augusta e Helena Campos (2020)
Gráfico 03 - Questão: Qual a importância da avaliação no
processo de ensino-aprendizagem?
Fonte: Adriana Augusta e Helena Campos (2020)
Gráfico 04 - Questão: Quando é realizada a avaliação
diagnóstica?
Fonte: Adriana Augusta e Helena Campos (2020)
Gráfico 05 - Questão: Quando é realizada a avaliação
formativa?
Fonte: Adriana Augusta e Helena Campos (2020)
Gráfico 06 - Questão: Quando é realizada a avaliação
somativa?
Fonte: Adriana Augusta e Helena Campos (2020)
Gráfico 07 - Questão: Qual a sua prioridade no momento de
avaliar?
Fonte: Adriana Augusta e Helena Campos (2020)
Gráfico 08 - Questão: Que tipos de questões você prioriza em
suas avaliações?
Fonte: Adriana Augusta e Helena Campos (2020)
Gráfico 09 - Questão: Você elabora apenas um tipo de
avaliação para sua turma?
Fonte: Adriana Augusta e Helena Campos (2020)
Gráfico 10 - Questão: Quais mídias digitais você utiliza nas
suas avaliações?
Fonte: Adriana Augusta e Helena Campos (2020)
Gráfico 11 - Questão: Para elaboração de suas avaliações, o
que é necessário levar em consideração?
Fonte: Adriana Augusta e Helena Campos (2020)
Gráfico 12 - Questão:
Em sua prática pedagógica, qual tipo de avaliação é mais utilizado?
Fonte: Adriana Augusta e Helena Campos (2020)
Gráfico 13 - Questão: O que é relevante para propiciar ao
aluno uma avaliação que seja realmente eficaz?
Fonte: Adriana Augusta e Helena Campos (2020)
Os professores, aqui representados consideram que a avaliação
é um instrumento para diagnosticar os problemas de aprendizagem e reavaliar a
prática pedagógica, o que já vem sendo percebido por meio do tipo de avaliação
utilizado – mediadora – e também por proporcionar aos alunos avaliações
diversificadas e bem elaboradas, fazendo uso das mídias digitais e adequando-as
às habilidades descritas na BNCC e priorizando os conceitos, os procedimentos,
atitudes e os valores essenciais para a construção da aprendizagem a fim de
promover o desenvolvimento integral do educando.
Pôde-se perceber uma pequena dificuldade me diferenciar os
tipos de avaliação – diagnóstica (ocorre no início, durante e término do
processo de ensino- aprendizagem); formativa (continuamente durante todo
processo ensino-aprendizagem) e somativa (término de um período de tempo
determinado do processo de ensino-aprendizagem).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em linhas gerais os resultados foram bastante homogêneos, uma
vez que a pesquisa buscou mostrar como os professores analisam o objetivo da
avaliação em suas práticas pedagógicas e como esta contribui para a
autoavaliação do professor seu desempenho para a efetiva aprendizagem do
educando.
Nesse sentido a pesquisa comprovou que a prática pedagógica
em relação as avaliações estão mudando, pois os professores estão utilizando as
formas de avaliação atuais e se desvencilhando dos modelos tradicionais, embora
ultrapassados ainda estão presentes em algumas práticas avaliativas.
Mesmo com as mudanças educacionais vivenciadas ao longo dos
anos, a avaliação continua sendo uma ferramenta de destaque e de contribuição
essencial para a consolidação do ensino-aprendizagem não como aferição de
conhecimento ou punição do educando, mas sim como um instrumento para a
evolução da prática pedagógica.
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